segunda-feira, 29 de agosto de 2011

As principais mudanças culturais no pós-guerra: os jovens dos anos 1960-70.

Querido 9A, aqui é Bruno, estagiário de História. Como havia prometido a vocês, aqui vai o primeiro material para vocês iniciarem a pesquisa para o nosso projeto. Espero que a pesquisa de vocês tragam várias descobertas e aprendizados. Qualquer dúvida é só conversar comigo na próxima quarta.

O movimento Hippie nasceu e teve o seu maior desenvolvimento nos EUA. Foi um movimento de uma juventude rica e escolarizada que recusava a injustiças e desigualdades da sociedade americana, nomeadamente a segregação racial. Desconfiava do poder econômico-militar e defendia os valores da natureza. Na sua expressão mais radical, os jovens hippies abandonavam o conforto dos lares paternos e rumavam para as cidades, principalmente S. Francisco, para aí viver em comunidade com outros hippies; noutros casos estabeleceram-se em comunas rurais. Dois valores defendidos eram a “paz” e o “amor”. Opunham-se a todas as guerras, incluindo a que o seu próprio país travava no Vietnam. Defendiam o “amor livre”, quer no sentido de “amar o próximo”, quer no de praticar uma atividade sexual bastante libertária. Podia-se partilhar tudo, desde a comida aos companheiros. A palavra de ordem que melhor resume este sentimento foi a famosa “Make Love Not War“. Estabeleceu-se um “estilo hippie”, com roupas coloridas, túnicas, sandálias, cabelos compridos em ambos os sexos. A flor foi um dos seus símbolos e chegou a usar-se a expressão “flower power” como designação do movimento. Uma das canções-hino do movimento, S. Francisco, aconselhava aqueles que rumavam à cidade dos hippies: “Be sure to wear some flowers in your hair” (não te esqueças de usar algumas flores no teu cabelo). O “símbolo da paz” (com origem em Inglaterra, nos anos 50, no seio do movimento para o desarmamento) tornou-se igualmente no símbolo hippie. www.drealentejo.pt/intranet/deposito/…/TENTATIVA_MAIO.PDF

Sexo , drogas, Rock’n’Roll O movimento anti-guerra e as drogas, combinados, deram origem ao pensamento da década de 1960: “Sexo, drogas e Rock’n’Roll.” A história do rock começa com um grito: o grito do negro, que veio para a América como escravo e influenciou a sociedade norte-americana com a sua musicalidade. Os principais atingidos pela revolução sonora do rock’n’roll foram os jovens, inicialmente nos Estados Unidos e depois no mundo todo. O rock’n’roll, afinal, surgiu na América como um movimento da contracultura, visto que suas primeiras manifestações eram contrárias aos valores até então veiculados: “(…) figuravam convites à dança e ao amor (não necessariamente ao casamento),…”(MUGGIATI, 1985, p. 19-20)
Nas décadas de 60 e 70, o rock surgiu no mundo: , Elvis Presley, Beatles, Jimmy Hendrix, Jannes Joplins e outros conquistaram os jovens com suas baladas inovadoras. Numa época em que o sexo era tido como tabu, os hippies lutavam por liberdade total ao mesmo tempo em que usavam drogas e ouviam rock. O Woodstock foi um festival que reuniu tudo isso num único lugar. http://recantodasletras.uol.com.br/artigos/430124
Woodstock: 40 anos 1969 – O maior de todos os festivais de rock, realizado no fim de semana de 15 a 17 de agosto, em Bethel , Nova York , um mês depois do homem ter pisado na lua. O evento se chamava Woodstock Music & Art Fair, subtitulado “Primeira Exposição Aquariana“. Seu slogan “três dias de paz e música” logo foi modificado para “três dias de paz e amor”. http://br.geocities.com/mundohippie/woo.htm,

A contracultura

Surgida nos Estados Unidos na década de 1960, a contracultura pode ser entendida como um movimento de contestação de caráter social e cultural. Nasceu e ganhou força, principalmente entre os jovens da década de 1960 seguindo pelas décadas posteriores até os dias atuais. De um modo geral, podemos citar como características principais deste movimento, nas décadas de 1960 e 1970:
- valorização da natureza;
- vida comunitária;
- luta pela paz (contra as guerras, conflitos e qualquer tipo de repressão);
-vegetarianismo: busca de uma alimentação natural;
- respeito às minorias raciais e culturais;
- experiência com drogas psicodélicas,
- liberdade nos relacionamentos sexuais e amorosos,
- anticonsumismo
- aproximação das práticas religiosas orientais,
- crítica aos meios de comunicação de massa como, por exemplo, a televisão;
- discordância com os princípios do capitalismo e economia de mercado http://74.125.47.132/search?q=cache:uRBK4m158zsJ:www.reccavini.com.br/UserFiles/file/SOCIOLOGIA%2520DA%2520JUVENTUDE%2520%2520CORRETO.doc+Surgida+nos+Estados+Unidos+na+d%C3%A9cada+de+1960,+a+contracultura+pode+ser+entendida+como+um+movimento+de+contesta%C3%A7%C3%A3o+de+car%C3%A1ter+social+e+cultural.+Nasceu+e+ganhou+for%C3%A7a,+principalmente+entre&cd=2&hl=pt-BR&ct=clnk&gl=br&client=firefox-a

Movimento pelos direitos civis dos negros – EUA
O Movimento dos Direitos Civis para os Negros dos EUA, surgiu entre1955 e 1968.O objetivo era em conseguir reformas nos EUA visando a abolir a discriminação e a segregação racial no país.Movimentos negros como o Black Power e os Panteras Negras incitou a população negra por igualdade racial e acabou aumentando seu pleito para a dignidade racial, igualdade econômica, auto-suficiência política e libertação da autoridade branca do país. O marco inicial deste movimento ocorreu no sul racista do país, em 1955 quando a costureira negra Rosa Parks ( “A Mãe dos Direitos Civis”) entrou num ônibus de volta para casa após um dia de trabalho e, estafada, sentou-se nos bancos da frente do ônibus, local proibido aos negros pelas leis segregacionistas do estado. Intimada a dar seu lugar a um passageiro branco e sentar no fundo do veículo, recusou-se, depois de uma vida inteira de submissão, e foi presa, julgada e condenada. Seu ato e sua prisão deflagraram uma onda de manifestações de apoio e revolta, além do boicote da população aos transportes urbanos, dando início, de forma prática, à luta da sociedade negra por igualdade com a sociedade branca perante as leis americanas.Sua história foi retratada no filme´The Rosa Parks Story`Convocado pela liderança negra da cidade e com o apoio de diversos brancos, o boicote aos transportes públicos durou 382 dias, quase levando à falência o sistema urbano de transportes (a maioria dos passageiros era de negros pobres) e acabando somente quando a legislação que separava brancos e negros nos ônibus de Montgomery foi extinta.
Malcolm X conduziu uma parte do movimento negro a três pontos fundamentais: 1) O islamismo, 2) a violência como método para auto-defesa e 3)o socialismo. Foi assassinado em 1965 e fundou a Organização para a Unidade Afro-Americana, de inspiração socialista.
Martin-Luther-King-
Foi um pastor protestante e ativista político estadunidense. Membro da Igreja Batista, tornou-se um dos mais importantes líderes do ativismo pelos direitos civis (para negros e mulheres, principalmente) nos Estados Unidos e no mundo, através de uma campanha de não-violência e de amor para com o próximo. Se tornou a pessoa mais jovem a receber o Prêmio Nobel da Paz em 1964, pouco antes de seu assassinato. Seu discurso mais famoso e lembrado é “Eu Tenho Um Sonhohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Martin_Luther_King_Jr

Em busca de uma nova sexualidade e as novas relações entre os gêneros
A década de 60 é o período da explosão do movimento hippie, da contracultura, das passeatas pela paz, queima de sutiãs, rupturas, quebra de paradigmas. Toda essa efervescência acontecia em países europeus e norte-americanos.Essa geração revolucionou os códigos morais, os costumes e a visão sobre a sexualidade, propondo novas formas de interpretações do mundo. Foi a geração do Maio de 68, da luta contra a ditadura, das mulheres por seus direitos e contra ao machismo. A chamada “revolução sexual“ ocorrida nos anos de 1960 não significou apenas uma “liberação” das normas de condutas sexuais. Os anos de 1960 e 1970 foram momentos de “substituição de controles e disciplinas externos aos indivíduos, por meio de controles e disciplinas internos, que aprofundaram as exigências sociais” (BOZON, 2004, p.152). Dito de outra forma, mais do que uma “revolução sexual”, o que ocorreu foi um processo de individualização de comportamentos e das normas, concomitante às transformações da sociedade, da família, por meio da separação entre procriação e sexualidade.

A moda e a estética
Em 1949 surgiria o prêt-à-porter para libertar as confecções de sua “má imagem”, associada ao dia-a-dia e não ao prestigiado traje de gala. Prêt-à-porter criado pelo estilista francês J. C. Weill se traduz por “pronto para vestir” na língua portuguesa .A “estetização da moda industrial”, o prêt-à-porter hasteou um símbolo de alta classe: a griffe. A partir disso, as marcas industriais se iniciaram no universo da publicidade. Marcas que deveriam ser intrinsecamente articuladas à assinatura de um estilista ilustre para atrair os investimentos publicitários, arrogando um timbre personalizado aos milhares de peças idênticas produzidas nas usinas, um timbre que as faria desejadas. Assim, “imprimia-se alma à indústria”.

A cultura de massas é toda cultura produzida para a população em geral — a despeito de heterogeneidades sociais, étnicas, etárias, sexuais ou psicológicas — e veiculada pelos meios de comunicação de massa. Cultura de massa é toda manifestação cultural produzida para o conjunto das camadas mais numerosas da população; o povo, o grande público. Como conseqüência das tecnologias de comunicação surgidas no século XX, e das circunstâncias configuradas na mesma época, a cultura de massa desenvolveu-se a ponto de ofuscar os outros tipos de cultura anteriores e alternativos a ela. Antes de haver cinema, rádio e TV, falava-se em cultura popular, em oposição à cultura erudita das classes aristocráticas; em cultura nacional, componente da identidade de um povo; em cultura, conjunto historicamente definido de valores estéticos e morais; e num número tal de culturas que, juntas e interagindo, formavam identidades diferenciadas das populações. A chegada da cultura de massa, porém, acaba submetendo as demais “culturas” a um projeto comum e homogêneo — ou pelo menos pretende essa submissão. Por ser produto de uma indústria de porte internacional (e, mais tarde, global), a cultura elaborada pelos vários veículos então surgentes esteve sempre ligada intrinsecamente ao poder econômico do capital industrial e financeiro. A massificação cultural, para melhor servir esse capital, requereu a repressão às demais formas de cultura — de forma que os valores apreciados passassem a ser apenas os compartilhados pela massa. (http://culturareligare.wordpress.com/category/grupo-de-estudos-contexto-historicosocial/)

Em Maio de 1968 uma greve geral aconteceu na França. Rapidamente ela adquiriu significado e proporções revolucionárias.Alguns filósofos e historiadores afirmaram que essa rebelião foi o acontecimento revolucionário mais importante do século XX, por que não se deveu a uma camada restrita da população, como trabalhadores ou minorias, mas a uma insurreição popular que superou barreiras étnicas, culturais, de idade e de classe. A maioria dos insurretos eram adeptos de idéias esquerdistas, comunistas ou anarquistas. Muitos viram os eventos como uma oportunidade para sacudir os valores da “velha sociedade”, dentre os quais suas idéias sobre educação, sexualidade e prazer.

A Tropicália, Tropicalismo ou Movimento tropicalista foi um movimento cultural brasileiro que surgiu sob a influência das correntes artísticas de vanguarda e da cultura pop nacional e estrangeira (como o pop-rock e o concretismo); mesclou manifestações tradicionais da cultura brasileira a inovações estéticas radicais. Tinha também objetivos sociais e políticos, mas principalmente comportamentais, que encontraram eco em boa parte da sociedade, sob o regime militar, no final da década de 1960. O movimento manifestou-se principalmente na música (cujos maiores representantes foram Caetano Veloso, Torquato Neto, Gilberto Gil, Os Mutantes e Tom Zé); Um dos maiores exemplos do movimento tropicalista foi uma das canções de Caetano Veloso, denominada exatamente de “Tropicália”. ( http://pt.wikipedia.org/wiki/Tropic%C3%A1lia )

A jovem guardafoi um movimento surgido na segunda metade da década de 60, que mesclava música, comportamento e moda. Surgiu com um programa televisivo brasileiro exibido pela Rede Record, a partir de 1965. Foi comandado por Roberto Carlos, Erasmo Carlos e Wanderléa que apresentavam ao público os principais artistas ligados ao movimento. O programa tornou-se popular e impulsionou o lançamento de roupas e acessórios. O movimento foi impulsionado pelo público jovem, porém agradou pessoas de todas as idades. Ao contrário de muitos movimentos que surgiram na mesma época, a Jovem Guarda não possuía cunho político. http://dkw.com.br/com/dkw/index.php?option=com_content&view=article&id=66%3Ajovem-guarda&catid=29%3Atelevisao&Itemid=1

Festival de música popular brasileira
Na década de 60, a Música Popular Brasileira revelou grandes compositores e intérpretes através de festivais de música. Estes festivais significavam resposta à política repressora de um governo ditador, através de linguagens simbólicas presentes nas letras musicais. Em 1968, a canção “Prá não dizer que não falei de flores” , de autoria de Geraldo Vandré, virou hino da resistência à ditadura e serviu de justificativa para os militares decretarem o AI5.A televisão obteve grande desenvolvimento através da Música Popular Brasileira, por intermédio desses grandes festivais de música da época. Foram os grandes Festivais que impulsionaram carreiras de artistas como Elis Regina, Milton Nascimento, Chico Buarque, Jair Rodrigues , Caetano, Nara Leão, Sá e Guarabira, Amelinha, Oswaldo Montenegro, dentre tantos outros. http://arquivoculturamauff.blogspot.com/2007/09/era-dos-festivais.html

O Movimento Armorial, é uma iniciativa artística que tem como objetivo criar uma arte erudica a partir de elementos da cultura popular do Nordeste Brasileiro. Um dos fundadores é o escritor Ariano Suassuna. Tal movimento procura orientar para esse fim todas as formas de expressões artísticas: música, dança, literatura, artes plásticas, teatro, cinema, arquitetura, entre outras expressões.“A Arte Armorial Brasileira é aquela que tem como traço comum principal a ligação com o espírito mágico dos “folhetos” do Romanceiro Popular do Nordeste (Literatura de Cordel), com a Música de viola, rabeca ou pífano que acompanha seus “cantares”, e com a Xilogravura que ilustra suas capas, assim como com o espírito e a forma das Artes e espetáculos populares com esse mesmo Romanceiro relacionados”. Ariano Suassuna, Jornal da Semana, Recife, 20 maio 1975


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